O acirramento da concorrência no varejo farma, com políticas de descontos agressivas, avanço das grandes redes e proliferação do modelo popular de farmácias, cujo posicionamento é pragmaticamente focado em preço, levaram as empresas a buscar novas estratégias que visem a blindar sua rentabilidade.
Eis que surge o apelo por um novo modelo de negócios, focado na oferta de serviços, que começa, ainda que de forma incipiente, a ganhar a atenção de várias organizações. Na contramão do que previam as entidades profissionais, o protagonismo desse modelo começa a ganhar redes de farmácia.
Este é um caminho viável? Claro que sim!
Não resta a menor dúvida que vender "VALOR" é muito mais vantajoso do que vender "PREÇO".
O modelo focado em vender apenas "caixinhas" é o que traz resultados mais rápidos. No entanto, é fácil de ser copiado, porque, na prática, não traz diferencial competitivo para o negócio.
Ocorre que preço atrai o cliente - mas o que verdadeiramente fideliza é o atendimento, a prestação de serviços e a disponibilização de diferenciais competitivos.
Neste mercado, preço atrativo se tornou obrigação. Todos nós temos a convicção de que preço não é e nunca foi diferencial, mas sempre fez e continuará a fazer parte da estratégia dos diferentes segmentos do varejo, com o grande objetivo de atrair pessoas para seus pontos de venda.
A nova estratégia das farmácias acena para uma mudança na forma do cliente pensar? De forma alguma. As novas estratégias apenas apontam que, cansadas e exauridas pelo modelo focado em preço, algumas farmácias querem ganhar um público que ainda não haviam conquistado, que valoriza mais um atendimento melhor, um ambiente mais elaborado e serviços diferenciados.
As farmácias começam a perceber que precisam vender diferencial, se quiserem sair do ciclo vicioso da "guerra dos descontos" que tomou conta do mercado. Entretanto, num mercado que vem lutando arduamente para manter suas despesas dentro de patamares máximos admissíveis, como viabilizar o modelo de serviços no varejo farmacêutico independente, onde 40 mil farmácias independentes não faturam mais do que R$ 100.000,00 por mês?
Fonte: www.treinamenmtofarmacia.com.br / abcfarma